sexta-feira, 8 de novembro de 2013

C'est la vie - #23

A ansiedade aumentava a cada minuto.
Caímos no sono, ambos os 4. O dia seguinte tornou-se esquisito... Foi basicamente arrumar as coisas e despedirmos-nos de alguns familiares. Então, decidimos levar o David ao final da tarde. E assim foi.
Ao mesmo tempo que o fomos levar, foi a despedida do meu irmão e a Rafaela. Ainda o David, dentro do carro vimos-os a despedirem-se com um abraço de 5 minutos. A minha mãe ficou chorosa e emocionada, então juntou-se a eles. O meu irmão estava completamente fora de si, estava esquisito, nunca o tinha visto a chorar tanto. Será que eu iria reagir assim com o David? Fui levá-lo la a casa, também para me despedir da sua sobrinha pequenina. Ela fazia perguntas inocentes como: "Vais onde, Catarina?" E eu respondia sempre: "Vou viver com a minha mãe, muuuiito longe daqui. Mas nós vemos-nos, não te preocupes princesa." Quando me despedi da mãe do David ele afirmou: "Eu levo-te à porta." Saímos, fechou a porta de casa, abraçou-me e depois afastou-me para me dar um beijo, mas eu abracei-o e disse que não queria isso. Nenhum de nós chorou. Descemos a escada e disse-lhe: "Adeus."
Sentei-me no banco de trás do carro, e todos estavam chorosos. As lágrimas queriam sair, mas eu contia com tanta força, que acabei por ficar com uma dor de barriga e um nó na garganta. Mas mesmo assim, consegui ser a mais forte. Tentei distrair-me a olhar pela janela, tentando pensar noutras coisas. Era impossível...