segunda-feira, 14 de outubro de 2013

C'est la vie - #18

Com o sucedido, o David deixou de estar comigo e já mal me falava. Foi uma espécie de: "Eu avisei-te." E agora que olho bem para as coisas, foi bem feito para mim. Se calhar ele devia ter feito pior e ter acabado com a nossa amizade. Era o castigo que eu merecia. Mas o David, nunca foi assim. Então veio ter comigo, agarrou-me no rosto e perguntou-me o que se tinha passado. Eu expliquei tudo de novo e ele abraçou-me enquanto eu soluçava... Ficámos nisto uns minutos, até que ele disse para eu o esquecer, que era o melhor.
"Já chega de sofrer."- pensei. Comecei a passar mais tempo com o David e ele comigo.
Após a atividade, decidi cortar relações com o João e ele decidiu o mesmo. Ao longo dos dias, fui-me apercebendo que estive muito tempo vendada. Que o David não significava aquilo que eu pensava significar. Então, mentalizei-me que não podia ser. Que eu ia-me embora e para não magoar nem a mim própria nem a ele, forcei-me a pensar dessa forma. Mas as coisas não correram como eu pensava que ia correr: Eu mentalizo-me que não e está feito. Não é assim tão simples.
O David apercebeu-se que eu comecei a sentir algo forte por ele. Visto que foi ele que me ajudou em todas as fases que passei ao longo do ano, foi com ele que partilhei todos os bons momentos. E de facto, tornou-se algo forte e que por muito tempo esteve oculto por causa do João. Aquele que eu pensava que ia ser para sempre, não passou de um mero namoro. Foi o primeiro e é especial de certa forma, mas no final já estava tão estragado, que acaba por ser apenas uma etapa da minha adolescência. Esquecida, apagada com  o presente. Então, finalmente os comentários de todas as pessoas que me rodeavam faziam sentido: "Tu gostas dele, nem que seja um bocadinho. E agora que estás com o João achas que não, mas dá para ver que sentes algo." - diziam-me. Eu neguei, sempre.